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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Como age o compulsivo

- O consumidor impulsivo compra para satisfazer uma necessidade social, já o compulsivo faz na tentativa de preencher uma falta pessoal.
- Não tem limites para a aquisição de objetos
- Nem sempre admite que tem problemas
- Na maioria das vezes, acaba se endividando mais do que pode
- Geralmente, apresenta outros tipos de distúrbios emocionais
- Sem saber da gravidade da situação, sente orgulho em cada nova aquisição.

Como encontrar a cura
- Procurar tratamento psicológico para buscar as raízes do problema
- Não tentar preencher a sensação de vazio interior com produtos materiais
- Não ceder aos estímulos oferecidos pelos comerciantes
- Prestar sempre atenção nos atos de excesso e tentar analisar o motivo da aquisição
- Saber distinguir o supérfluo do que é que realmente necessário
- Evitar o uso de cartões de crédito e procurar pagar todas as compras à vista e, de preferência, com dinheiro.

Para a psicanalista Márcia Maria Rodrigues Ganime as relações afetivas estão sendo colocadas em segundo plano e o ter passa a ser mais importante do que o ser. O lema atual é o pronto para o consumo.
- Somos estimulados a consumir a todo momento, mas existe diferença entre o consumidor eventual e o compulsivo. Quem compra por necessidade e o que necessita comprar. Existem pessoas que consideram importante comprar, não importa o que. Neste caso é detectada a compulsão - explica.

Diferente do comprador impulsivo, que pode até não conseguir resistir a uma ida ao shopping e vê aquela mercadoria dos sonhos com desconto de 50%, mas não tenta compensar desvios emocionais através das compras, o compulsivo sente cada vez mais necessidade de consumir e isto torna-se um fonte inesgotável de frustração.

Sofrimento. E a partir daí, ele começa a se endividar, a pedir dinheiro emprestado, a evitar pagar com dinheiro e a usar métodos que adiem o sofrimento, como cartões de crédito e cheques pré-datados. Com estes artifícios, o comprador compulsivo retarda a consciência do problema. Quando ele percebe a gravidade, tem uma crise de choro, mas não assume a culpa, que acredita estar no Governo, no patrão, menos no consumo desenfreado, finaliza o professor. E a psicóloga ratifica: O gasto financeiro é a pior conseqüência, já que, dependendo da situação do consumidor, podem existir complicações sociais e econômicas graves.

O funcionamento mental do alcóolatra, o jogador compulsivo, o obeso e o comprador compulsivo é bastante semelhante. Eles tentam aplacar um profundo sentimento de vazio e angústia. Esse tipo de recurso é insatisfatório, porque é ilusório. O compulsivo tenta apenas preencher um vazio ao invés de tentar compreendê-lo, afirma a psicalista Márcia Ganime.

Já para a psicóloga Wilsa Barreira, o problema vai além dos objetos materiais: A sociedade, sem dúvida, auxilia este tipo de conduta quando nos sobrecarrega desta forma. Tanto que nos transformamos em consumidores não só de objetos, mas também de palavras e de imagens, esquecendo de nossa singularidade.

jornal do commercio
Cintia Magalhães e Helena Furtado

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